A Confederação Hidrográfica do Ebro (CHE) decretou a situação excepcional por seca extraordinária para a unidade de Baix Ebre, que compra da Mequinensa no delta do Ebro. O comunicado desta quinta-feira propõe a redução das concessões de irrigação, que já estão em 50%. Deverá ser especificado na próxima comissão de embaixada. Neste contexto, o Governo insiste que é necessário garantir os caudais ecológicos dos canais a 20 m3/s, para chegar aos arrozais e para o seu aproveitamento ambiental nas baías e lagoas. A Acció Climàtica implementou esta semana as duas tabelas de monitoramento, uma por hemidelta, do Plano Integral de Gestão de Água Doce do Delta do Ebro (PIGADE) – incluído na Estratégia Delta -.
O CHE declarou as unidades territoriais de Cabecera e os eixos do Ebre, Iregua, Aragó e Arbar e o Baix Ebre em situação excepcional de seca extraordinária. A situação é de “escassez”, segundo o relatório de acompanhamento do mês de abril com o qual “se confirma”, segundo o órgão governamental, que “a evidência de uma situação crítica por falta de recurso água”.
No caso da unidade Baix Ebre, os sistemas de reservatórios de Mequinensa e Riba-roja estão com 58% da capacidade com 1.008 hm3. Esse “baixo volume” não havia sido registrado em toda a série histórica desde a construção dos dois pântanos em abril. A situação agrava-se porque, além disso, as contribuições “estão a ser muito reduzidas”.
Milhões de perdas
O CHE pondera mesmo reduzir as concessões de irrigação que já estão para metade e estima que as perdas do cultivo do arroz no delta do Ebro terão um custo de 70 milhões de euros. Quanto à produção de moluscos nas baías do Delta, prevê-se também uma redução de 30% porque não haverá água doce suficiente